sábado, 25 de fevereiro de 2012

Vivendo livre da avareza

Vivendo livre da avareza
“Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei.” (Hebreus 13:5)
Certamente nunca houve tempo em que a ambição desenfreada e a exaltação do consumismo estivessem tão em voga como em nossos dias. O regime capitalista democrático em que vivemos nos oferece liberdade, porém, ínsita à avareza àqueles que não têm a real compreensão do valor das coisas desta vida.
O culto a avareza é um problema tão grave entre os cristãos, senão até mais, quanto entre os incrédulos. Através da Palavra de Deus, podemos entender que a avareza é um problema de ordem espiritual que começa como uma tendência da nossa natureza carnal e pecaminosa e culmina, na vida daquele que dá liberdade a carne, como uma terrível idolatria: “Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria;” (Colossenses 3:5)
E sendo que a avareza rouba no nosso coração o lugar que somente a Deus pertence, nos lançando a condição de meros idolatras, então o Senhor Jesus nos faz uma seria advertência para que todos estejamos cientes que Deus não dividirá o seu trono com as nossas ambições egoístas: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” (Mateus 6:24)
Ao invés de ceder ao apelo da nossa carne e andar segundo o costume que impera no mundo, a Palavra do Senhor nos convida, neste versículo que tomamos como base, a praticar um estilo de vida diferente: “Sejam vossos costumes sem avareza”.
Mas como seria possível viver e praticar uma cultura diferente vivendo com os pés sobre esta terra? Como seria possível estar imune a avareza? Se o próprio marketing, que é a área que se dedica a aumentar a venda das empresas mercantis, descobriu que os desejos e as necessidades do ser humano, enquanto consumidor, são ilimitadas, ou seja, o saco da nossa ambição jamais se enche.
O fato é que, para o nosso bem, podemos encontrar também neste simples verso da carta aos Hebreus a solução para este duplo problema. Quanto ao nosso desejo de possuir tudo quanto o dinheiro pode nos proporcionar, encontramos aqui a orientação para viver da seguinte maneira: “contentando-vos com o que tendes”. Ao invés de vivermos sofrendo e nos debatendo por algo que ainda não possuímos, devemos saber aproveitar aquilo que o Senhor já nos deu, bem como devemos saber ser gratos a ele por estas coisas.
Não imagine alguém que com isto eu estou fazendo uma apologia a preguiça e ao comodismo, já que a bíblia também não louva estas atitudes. Mas o que nós não podemos é gastar todo o nosso tempo e energia buscando apenas as coisas corruptíveis e passageiras deste mundo, antes precisamos priorizar o tesouro dos céus!
Agora, se a questão não está em um desejo fútil, mas numa real necessidade, para nos permitir uma vida com a mínima dignidade que um ser humano espera. Também para estes casos encontramos aqui orientação: “porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei.” Não precisamos e nem devemos estar ansiosos, o Senhor cuida muito bem daqueles que nele confiam!
Buscando viver um estilo de vida diferente, livre da avareza que no mundo impera, confiando no cuidado do meu Senhor, para assim reservar o lugar que lhe é devido no meu coração.
Sidone Gouveia

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